7 de setembro de 2010

Resenha-A ilha sob o mar

Quando Zarité era menina, nem imaginava o que o destino reservava para ela. Foi comprada e vendida mais de uma vez. Quando parou nas mãos de Violette, desejou aquela vida para ela. Após Valmorain levá-la para a casa grande, com o intuito de deixá-la como ama de Eugênia,sua esposa, Tété começou a ganhar formas de mulher e com 11 anos já era molestada pelo patrão. E nessa vida ficou por muitos anos. Teve filhos com ele. E todos fingiam não saber a verdade.Mesmo amando outro homem, Gambo, ela não queria fugir e abandonar o filho do patrão, por quem cultivava amor de mãe.

Após a morte de Eugênia tiveram que fugir para outro país, pois a revolta dos negros iria acabar com a plantação de cana-de-açúcar e a casa de Saint-Lazare.

Depois de um tempo em Nova Orleans, Valmorain se casa novamente. Mas sua esposa não gosta de Maurice, seu filho, e o manda estudar em outro país, e a segunda filha de Tété(porque o primeiro tinha sido levado por Valmorain) também foi enviada para um colégio de freiras. Mas a paixão de Maurice e Rosette nunca se apagou. E mesmo após 10 anos separados, eles continuaram se amando.

Nesse meio-tempo, Tété conseguiu efetivar sua liberdade, prometida pelo patrão na fuga de Saint-Lazare, e foi trabalhar com Violette. Quando Rosette voltou para casa, decidiram que ela seria uma moça sustentada por um branco, procedimento muito comum naquela época. Mas o branco que ela desejava era Maurice. Ela não contou a ninguém. Guardou esse segredo para o grande baile, onde eles se reencontram. Indo contra todos os princípios morais e católicos, eles decidem se casar, mesmo sendo irmãos.Tété incentivou, pois sabia o que era sofrer sem a pessoa que amamos ao lado. Mas o amor nem sempre é o que sonhamos, e o destino dos dois jovens muda drasticamente após o casamento.

Perseguição, mortes, conquistas, dinheiro, poder, mutilação, abolição, exploração, humilhação , resignação e o sonho pela liberdade é o que vamos encontrar em a Ilha Sob o Mar, de Isabel Allende, publicado no Brasil pela Editora Bertrand.

Lendo sobre a escravidão, me parece surreal que tudo o que foi descrito realmente fez parte da história.

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