29 de outubro de 2012

Resenha- A primeira noite



Esse livro é uma cortesia da Editora Suma de Letras

Contém spoiller para quem não leu A primeira noite

Depois que ler O primeiro dia e A primeira noite, de Marc Levy, publicados no Brasil pela Suma de Letras, o leitor irá concordar comigo que o autor se superou em ambos os livros.

Num enredo de tirar o fôlego, A primeira noite é igualmente incrível.

Após a suposta morte de Keira, Adrian está desolado. São três meses de luto e agonia, onde ele repassou insistentemente as últimas imagens que têm dela. De volta à Grécia, para a casa de sua mãe, ele recebe um pacote que contêm algumas fotos que eles tiraram nas viagens que fizeram em busca de realizar os sonhos de ambos: descobrir a origem da primeira estrela a brilhar no céu e o primeiro homem a andar sobre a Terra. Nesse pacote, uma foto lhe chamou a atenção: Keira têm um corte no rosto, que não existe em nenhuma outra foto. Isso é o estopim que ele precisava para lhe dar uma injeção de ânimo e voltar à China, onde ocorreu o acidente fatal, e tentar descobrir se ela está realmente viva.

Com tantas pessoas tentando impedir que a buca de ambos se concretizasse, Adrian passa mal no vôo e inconsciente, começa a sonhar com seu reencontro com Keira e em retomar as buscas e o romance de onde parou.

Quando ele acorda, percebe que está num hospital, com seu incansável amigo Walter, que lhe conta rapidamente o que aconteceu. Agora, ele quer continuar a viagem de onde parou, mas é informado que as coisas ficaram um pouco complicadas, e sua viagem à China não é como ele imaginou.A revelação de que Keira está viva o faz ir imediatamente ao seu encontro.

Incitados por Walter, retomam as buscas, mas o perigo os ronda e novamente há interrupções.

O grupo que fez de tudo para atrapalhá-los têm um propósito muito maior por trás. As pessoas envolvidas não querem a fama que os dois pesquisadores podem alcançar com as descobertas que farão. Eles têm medo que com a verdade vindo à tona, o mundo transforme-se num caos completo. Eles sabem o que o segredo dos objetos encontrados esconde. Sabem que a fé e crença dos povos é que os mantêm, de certa forma, sob controle, e temem que a revelação da descoberta transforme o mundo de tal forma, que nada poderá impedir que as pessoas matem umas às outras ainda mais.  

Caberá a eles decidirem qual rumo darão para a descoberta. O que falará mais alto: a vontade de serem reconhecidos como os maiores pesquisadores da história ou a certeza de que o mundo não precisa saber o que eles sabem?

Com um senso de humor peculiar, o autor surpreende com uma narrativa acelerada, que nos faz imaginar estar vivendo a aventura com os protagonistas. Mesmo a estória de amor não sendo o ponto principal, o ideal por trás dela nos faz torcer para que o casal permaneça junto. Em contraponto, o enredo montado por Levy é realmente surpreendente e emocionante, capaz de nos fazer questionar se, hipoteticamente, não seria verdade.



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