Quando uma fatalidade acontece, insistentemente tentamos entender o por quê de determinado evento. Quando esse fato muda a nossa vida completamente, além de chocados, ficamos buscando um motivo. E por causa disso, muitas vezes encontramos a verdade. Foi isso o que aconteceu com Danny Cartwright. Mecânico na loja do sogro, pai de seu melhor amigo e de sua futura esposa, ele foi acusado de matar o cunhado na noite em que pediu Beth em casamento. Uma briga de bar, um mal entendido, e lá estava Danny, condenado há 22 anos de prisão.
Seu noivado, tão esperado, acabou transformando-se numa promessa de união que nunca seria cumprida. Quem, em sã consciência, esperaria 22 anos para finalmente se casar com um ex-presidiário? Beth, certa da inocência de Danny e grávida de um filho dele, tinha somente o apoio de sua mãe. Seu pai, que antes desejava que Danny assumisse a oficina assim que se casassem, acreditou nos boatos sobre inveja que foram espalhados pela cidade, e lá estava ele duvidando do genro que antes tanto amou.
No julgamento, os jurados tinham muitas dúvidas sobre a sequencia dos fatos, porém, como as testemunhas eram um advogado, um artista, um mauricinho e um empresário, além do bar man que estava no bar , cujos fundos foram a cena do crime, a dúvida prevaleceu e Danny foi condenado.
Encarcerado numa penitenciária de segurança máxima,Danny foi colocado junto de dois outros criminosos, que na verdade eram ex-combatentes do exército que tinham sido acusados de negligência. Esses novos amigos foram um estímulo para que Danny, apesar de ser uma pessoa ótima, tornar-se ainda melhor. Por incrível que pareça, a prisão deu a Danny a oportunidade de melhorar sua aparência e de aprender a ler e escrever corretamente. Nick, um de seus companheiros de cela, na verdade era de uma família rica e bem nascida, o que lhe proporcionou conhecer muitas coisas boas na vida. Sua experiência no traquejo social ajudaram Danny a se comportar melhor.
Após a tentativa de Beth em apelar e continuar provando sua inocência, que foi negada mais vez, ele decide que o melhor é deixá-la seguir seu caminho e encontrar um homem que pudesse cuidar dela e da pequena Christy. Em nenhum momento, desde sua prisão até a negativa de um novo julgamento, Danny esqueceu os quatro homens que foram os responsáveis pela sua ruína. Eles, no entanto, viviam com a sombra da culpa.
Quando Nick, o amigo de cadeia de Danny, foi morto inesperadamente 6 semanas antes de receber a liberdade provisória, uma sucessão de fatos -que depois Danny perceberia, foi uma mistura de sorte e de ajuda-, o levam a se ver livre da prisão. Ele recomeça sua luta para provar justiça e retomar a vida que deixou estagnada por alguns anos. Seu plano inicial era desmascarar os homens que foram os responsáveis por sua condenação, provar sua inocência, além de ter de volta sua família e amigos. Nenhum deles parecia possível, mas com uma ajuda do destino, Danny conseguiu muito mais.
Prisioneiro da sorte, publicado no Brasil pela Bertrand Brasil, é daqueles livros impossíveis de largar até o final. Utilizando todos os artifícios possíveis, o autor Jeffrey Archer suga o leitor para a história, praticamente obrigando-o a finalizar a leitura e descobrir seu desfecho impressionante. É uma leitura compulsiva e única, que recomendo para todos os fãs de suspense e finais felizes.
Para concorrer a um exemplar de Prisioneiro da Sorte, basta comentar nessa resenha sobre suas expectativas sobre o livro. Não vale "eu quero", "adorei" e etc.. e clicar no formulário abaixo, para confirmar sua participação.
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